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Uma sugestão de reformulação da Copa do Mundo
(artigo publicado em 19/11/2016)


Nas últimas semanas, tem sido divulgada, com cada vez mais detalhes, uma proposta do novo presidente da FIFA, Gianni Infantino, de ampliação da Copa do Mundo para 48 participantes a partir da edição de 2026. À primeira vista, parece ser uma solução que agrada a gregos e troianos pois, ao mesmo tempo em que torna quase impossível a ausência das principais potências do esporte (fator que tem sido cada vez mais relevante, dada a repercussão financeira que a ausência de uma Itália ou de uma Argentina, por exemplo, traria ao evento), também permite que seleções emergentes e menos conhecidas da África, da Ásia e da América Central possam estar presentes na Copa do Mundo, trazendo um colorido adicional à festa e incentivando o crescimento do futebol nesses países que hoje ocupam posições periféricas no atlas do esporte.

Existem, porém, fatores que podem tornar contraproducente tal expansão da Copa do Mundo. Em primeiro lugar, não se pode esquecer que poucos países no mundo têm real capacidade e estrutura para realizar um evento do porte da Copa do Mundo com 32 seleções e ainda menos numerosos são os países que podem receber o evento ampliado para 48 seleções! Isso significa uma drástica e indesejada restrição no elenco de países que poderão sediar a competição e o conseqüente alijamento de muitas nações que, embora bem aparelhadas para sediar eventos menores, jamais terão "cacife" para abrigar uma mega-Copa com 48 participantes. Um segundo e igualmente importante fator é o fato de que, na estrutura proposta pelo presidente Gianni infantino, 16 dessas 48 seleções forçosamente voltarão para casa após terem disputado um único jogo e, considerando-se as distâncias entre os diversos pontos do planeta, não é difícil imaginar o impacto financeiro e até motivacional imposto a um país cuja seleção viajou milhares de quilômetros, atravessou o globo, jogou meros 90 minutos e já tomou o caminho de volta! Não me parece descabida a hipótese de, diante dessa perspectiva, um país que seja técnica e financeiramente mais humilde acabe abrindo mão de enviar a sua seleção para a Copa do Mundo!

É inegável, por outro lado, que nas últimas quatro décadas o futebol cresceu exponencialmente em todos os cantos do mundo e que, conseqüentemente, uma redução no número de participantes da Copa do Mundo seria um retrocesso impraticável e inaceitável. Por isso, a solução parece passar por um formato intermediário, no sentido de "aumentar para diminuir", permitindo que não só mais seleções tenham acesso ao evento mas também que mais países possam sediá-lo. Assim, apresento aqui uma sugestão de reformulação estrutural da Copa do Mundo e peço que todos que puderem e que gostarem que passem essa proposta adiante. O site oficial da FIFA não dispõe de uma ferramenta de contato (o que é até compreensível, pois só Deus sabe quantos milhares de sugestões, vindas de todos os cantos do mundo, a entidade receberia por dia) e por isso a única forma possível de essa proposta chegar ao conhecimento da entidade é através da divulgação por parte dos interessados.

A proposta consiste, então, em um evento com 8 países-sede (um principal e sete sub-sedes) antecipadamente classificados, mais o campeão da edição anterior (também previamente garantido) e 49 seleções oriundas das Eliminatórias. Ao todo, 58 participantes e oito sedes, o que pode parecer um gigantismo maior que a proposta de Gianni Infantino, mas que tem toda uma razão de ser como será explanado a seguir. Tomando como base o calendário para a Copa de 2026:

1 - De janeiro de 2023 a janeiro de 2025, todas as seleções filiadas à FIFA (com exceção das 9 já previamente classificadas) disputariam as Eliminatórias no formato tradicional, classificando-se um total de 49 seleções.

2 - De junho de 2025 a janeiro de 2026, essas 49 seleções se juntariam às 7 subsedes, totalizando 56 participantes de uma etapa intermediária, atualmente inexistente. Nessa etapa, essas 56 seleções seriam divididas em sete blocos de oito seleções cada. Cada bloco seria disputado em uma subsede, no formato de um torneio como a atual Copa das Confederações (e até mesmo substituindo essa competição), com os oito participantes disputando dois grupos de quatro, semifinais e final. Os dois finalistas estariam classificados para a Copa do Mundo "propriamente dita" e o campeão poderia receber um troféu simbólico para marcar a sua conquista.

3 - Por fim, em junho/julho de 2026 os quatorze classificados dessa fase intermediária (campeão e vice de cada bloco/torneio) se juntariam à sede principal e ao vencedor da Copa anterior e, totalizando 16 seleções, disputariam a Copa do Mundo "propriamente dita", num formato igual ao utilizado de 1958 a 1970 ou ao utilizado em 1974 e 1978 (aí já vai do gosto de cada um).

Como as sete subsedes abrigarão torneios menores (com apenas oito participantes) e a sede principal abrigará um torneio com apenas dezesseis competidores, países com menos estrutura para receber uma Copa nos moldes atuais poderão perfeitamente ter a sua vez de ser anfitriões. Além disso, com 58 países participando das duas etapas (a intermediária e a "final") não só as principais potências dificilmente deixarão de estar presentes, como as seleções periféricas emergentes terão uma porta muito mais aberta do que no modelo atual. E se consegue agradar a "gregos e baianos'.

E como sei que o leitor sensato gostou dessa proposta, reitero humildemente meu pedido para que a divulgue e difunda a todos os conhecidos que puder.


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