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CAIO CASTRO LIMA
Segundo jogadores e comissão técnica do Botafogo o que vale é sempre a próxima partida. Eles não querem pensar muito no futuro. Pelo menos é o que dizem. Mas, na prática, o que acontece é um pouco diferente. O próximo jogo da equipe alvinegra, contra a Portuguesa, está marcado para domingo, às 17h. Mas já pensando em uma outra partida, a de quarta-feira, contra o Grêmio, em Porto Alegre, o treinador e diretor técnico Antônio Clemente quer antecipar o confronto contra o time paulista para sábado.
"Eu encaminhei um pedido à CBF para que a partida seja antecipada para sábado. Seria bom, porque assim eu teria mais tempo para preparar o grupo para o jogo contra o Grêmio. Como temos essa semana toda livre, eu ganharia mais um dia", afirmou o técnico. "Acho que não haveria nenhum problema. A portuguesa também não joga no meio dessa semana e não haverá jogo no Maracanã, no sábado", disse. E jogar no Maracanã é uma vontade, que até pouco tempo, não estava nos planos do Botafogo.
"Nossos jogadores vêm mostrando que estão ganhando confiança. Venceram aqui e fora de casa. Chegou a hora de jogarmos no Rio com o apoio da nossa torcida. Espero confirmar a partida para o Maracanã amanhã", declarou Carlos Augusto Montenegro, vice-presidente de futebol alvinegro, que até a vitória sobre o Flamengo não se importava se o Botafogo perdesse o mando de campo. De acordo com o vice-presidente jurídico do clube, Alberto Macedo, as chances de o Botafogo jogar no Rio são boas.
"O nosso estádio é o Caio Martins. O Maracanã é um campo neutro. É só o pessoal do Tribunal de Justiça Desportiva interpretar assim e pronto", afirmou Alberto Macedo. Outro que prefere jogar em casa é o atacante Valdir. "Eu sempre preferi jogar em casa, perto da torcida. E se pintar uma oportunidade contra a Portuguesa vou tentar fazer mais um gol", afirmou.
Time - Para Antônio Clemente, que confirmou a volta de Sérgio Manoel ao time, embora tenha gostado muito de Leandro Augusto, os jogadores cumpriram à risca suas ordens. "Eles obedeceram ao esquema e mostraram muita determinação", afirmou o treinador, que, com a vitória, parecia uma criança ganhando um brinquedo. "A vitória de não poderia ser melhor. E foi de virada", disse.
"O Jorge Luís deu uma aula de marcação sobre o Romário. E o Zé Carlos também atuou muito bem, já que tem que se sacrificar para se adequar ao esquema", comentou Clemente. De acordo com o técnico alvinegro, Luís Paulo garantiu a vaga na lateral direita. Reidner, que saiu de campo contundido no domingo, deverá jogar contra a Portuguesa.
Rebaixamento - Segundo o matemático Sérgio Wechsler, do Instituto de Matemática e Estatística da USP, com os resultados desse fim-de-semana, o Botafogo voltou à zona de rebaixamento. De acordo com os cálculos do matemático o time carioca está com um índice de 0,966. As outras que estariam rebaixadas seriam o Paraná, com um índice de 0,853, o Juventude, com 0,851, e o Botafogo/SP, com 0,667. Esses e outros cálculos podem ser encontrados no site: http://www.ime.usp.br/~mlarruda/bras99.html.
Um gol de pura raça. E uma comemoração mostrando para a torcida que o time está determinado. Batendo no braço, o zagueiro Sandro quis dizer. "Tem que dar o sangue." Com cinco gols pelo Botafogo, sendo que três foram no Campeonato Brasileiro, o jogador começa a demonstrar uma postura de líder na equipe alvinegra. "Não posso negar que eu, o Jorge Luís, o Wagner e o Sérgio Manoel formamos um grupo à parte. Dentro de campo me transformo. Fora dele sou calmo e calado. Eu procuro sempre agir de maneira a orientar e passar calma a meus companheiros", afirmou o zagueiro. "Eu procuro sempre ajudar sem me intimidar", disse Sandro, que vê no treinador Antônio Clemente o grande responsável pelo sucesso da equipe. "O mérito é todo do Clemente. Ele montou um esquema que tem dado certo", declarou.