Os campeões da estabilidade são premiados Grandes vivem pesadelo |
SÉRIE A
Entre o céu e o inferno, os clubes jogam última rodada São três vagas para as quartas-de-final da elite, que serão disputadas no sistema de mata-mata e outras três para definir quem cai para a segunda divisão
Três vagas para o céu e três lugares no inferno. Depois de três meses de disputa, o Brasileirão chega neste domingo à rodada decisiva, com cinco times classificados para as quartas-de-final, um já rebaixado para a Segunda Divisão e alguns times grandes correndo perigo. São Paulo, São Caetano, Corinthians, Juventude e Atlético Mineiro já fizeram sua parte e garantiram suas vagas na próxima fase. Restam três lugares para Santos, Grêmio, Fluminense, Coritiba, Goiás, Cruzeiro, Vitória e Ponte Preta, com mais chances para os três primeiros. Das cinco equipes classificadas, o São Paulo é o destaque do torneio, com 49 pontos, e com o primeiro lugar já garantido. A equipe do técnico Oswaldo de Oliveira, favorito para dirigir a Seleção Brasileira a partir de 2003, baseia seu jogo nos talentosos meias Ricardinho e Kaká, responsáveis por municiar o ataque formado por Luís Fabiano e Reinaldo. Com 56 gols marcados e 35 contra, o São Paulo tem o ataque mais positivo e o melhor saldo de gols do campeonato. Diferentemente da Seleção Brasileira, que atuou no esquema 3-5-2 para vencer a Copa do Mundo deste ano, os melhores times do Brasileiro jogam no tradicional 4-4-2, como São Paulo, São Caetano, Juventude e Atlético-MG. O Corinthians manteve o 4-3-3 que fez sucesso no primeiro semestre, quando a equipe conquistou os títulos da Copa do Brasil e do Torneio Rio-São Paulo. Se a conquista do penta não refletiu no sistema tático, os torcedores brasileiros também não tiveram a oportunidade de verem muitos pentacampeões em campo na competição local. Apenas sete dos 23 campeões mundiais desfilaram pelos estádios do país - Rogério Ceni, Kaká e Ricardinho (São Paulo), Vampeta (Corinthians), Marcos (Palmeiras), Anderson Polga (Grêmio) e Kléberson (Atlético Paranaense).
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Entre o céu e o inferno, os clubes jogam última rodada Grandes vivem pesadelo |
Os campeões da estabilidade são premiados
O principal ponto comum entre os clubes melhores classificados é a estabilidade. Entre os oito primeiros - na ordem, São Paulo, São Caetano, Corinthians, Juventude, Atlético Mineiro, Santos, Grêmio e Fluminense -, só o clube carioca (saiu Robertinho e entrou Renato Gaúcho) trocou de treinador durante a competição. Desde o início, em 10 de agosto, os sete primeiros clubes são comandados por, respectivamente, Oswaldo Oliveira, Mário Sérgio, Carlos Alberto Parreira, Ricardo Gomes, Geninho, Emerson Leão e Tite. Além do bom trabalho dos técnicos, estas equipes contaram com a estrela de jovens revelações ou de atletas renegados por outros clubes. No São Paulo, por exemplo, o prata-da-casa Kaká, o ex-flamenguista Reinaldo e Luís Fabiano, artilheiro da competição, formam um ataque veloz e difícil de ser batido. Adhemar, que não deu certo no futebol alemão, e Claudecir, dispensado pelo Palmeiras, são o ponto forte do bem armado São Caetano, até agora invicto no Estádio Anacleto Campanella. Corinthians e Santos apostam, principalmente, em jogadores formados no clube. Gil e Kléber são responsáveis pelas principais jogadas do time de Parreira, enquanto Diego e Robinho encantam os torcedores santistas com dribles bonitos e lances objetivos. No Grêmio, o destaque é o atacante Rodrigo Fabri, artilheiro do torneio ao lado de Luís Fabiano, com 18 gols, vindo do Sporting, de Portugal, sem muita pompa, mas que, com fortes chutes de perna esquerda, se transformou na principal jogada do time gaúcho no torneio.
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Grandes vivem pesadelo
Palmeiras, Portuguesa, Internacional e os cariocas Flamengo, Botafogo e Vasco têm pouco a comemorar neste Campeonato Brasileiro. Pelo contrário. A competição pode virar um pesadelo para alguns destes times, caso sejam rebaixados à segunda divisão. Em 2003, a competição nacional vai ter oito meses de duração e eles vão perder muito se ficarem fora do torneio, que vai ser disputado em pontos corridos. Por isso, a última rodada promete ser dramática, principalmente para Palmeiras, Inter e Botafogo, que estão mais perto da zona do rebaixamento, ao lado do Gama, que não tem mais chance de permanecer na elite no próximo ano. Se não houver uma virada de mesa por parte dos cartolas no próximo ano, negada diversas vezes pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, os quatro últimos vão estar na Série B em 2003.
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